COLUNA | Queda dos juros pode beneficiar quem já fez financiamento
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Com o atual cenário de queda na taxa básica de juros, a Selic os bancos reduziram os juros cobrados no financiamento de imóveis, beneficiando quem decidir comprar a casa própria. Mas a queda pode ser positiva até mesmo para quem já está pagando financiamento de imóvel, contratado quando os juros estavam mais altos. Essas pessoas podem passar a pagar juros menores se fizerem a portabilidade do financiamento imobiliário, transferindo a dívida para outro banco, com condições mais vantajosas.
Quem contratou um financiamento há quatro anos, por exemplo, em uma época em que a Selic estava alta, deve estar pagando juros entre 9% e 10% ao ano e hoje em dia temos taxas a partir de 6,75% ao ano. Importante deixar claro que essas análises em relação à redução de taxas de juros e viabilidade em relação à portabilidade não se aplicam para os contratos do Programa Minha Casa Minha Vida.
Para fazer a portabilidade, o primeiro passo é com os dados do contrato (saldo devedor, prazo restante de pagamento e valor das parcelas), fazer uma simulação no novo banco que oferece juros mais baixos. O valor e o prazo do financiamento têm de ser os mesmos do contrato antigo.
Minha dica para saber se vale a pena fazer a portabilidade é identificar se o valor economizado no fim do novo contrato é bem maior do que o custo da transferência. (laudo de avaliação do imóvel, documento de registro de imóvel, seguro de financiamento e taxa de abertura de crédito). Esses custos variam de acordo com o banco e por vezes tem relação com o valor do financiamento. Estimamos que, em geral em Umuarama essas despesas girem em torno de R$3.500 a R$10 mil e sempre deverão ser pagas à vista.
Essas transferências de financiamento, chamadas de portabilidade, ainda são pouco usadas, mais podem ser uma forma de readequação de orçamento ou uma fonte de economia viável para as famílias.
A essência do negócio é a mesma da portabilidade feita pelas operadoras de telefonia, porém como nos financiamentos imobiliários estamos tratando de contratos com garantia e de longo prazo, a burocracia será maior, porém o retorno financeiro também poderá ser bem mais vantajoso.
| Marcos Willens Araújo é graduado em ciências contábeis e ciências políticas, pós-graduado em marketing e finanças, certificado pela ANBIMA CPA e pela ABECIP CA. Atua como bancário em Umuarama.
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