Notícias

COLUNA | Queda dos juros pode beneficiar quem já fez financiamento

  • Marcos Willens
  • 18 de nov. de 2019
COLUNA | Queda dos juros pode beneficiar quem já fez financiamento

COLUNA 

Com o atual cenário de queda na taxa básica de juros, a Selic os bancos reduziram os juros cobrados no financiamento de imóveis, beneficiando quem decidir comprar a casa própria. Mas a queda pode ser positiva até mesmo para quem já está pagando financiamento de imóvel, contratado quando os juros estavam mais altos. Essas pessoas podem passar a pagar juros menores se fizerem a portabilidade do financiamento imobiliário, transferindo a dívida para outro banco, com condições mais vantajosas.

Quem contratou um financiamento há quatro anos, por exemplo, em uma época em que a Selic estava alta, deve estar pagando juros entre 9% e 10% ao ano e hoje em dia temos taxas a partir de 6,75% ao ano. Importante deixar claro que essas análises em relação à redução de taxas de juros e viabilidade em relação à portabilidade não se aplicam para os contratos do Programa Minha Casa Minha Vida.

Para fazer a portabilidade, o primeiro passo é com os dados do contrato (saldo devedor, prazo restante de pagamento e valor das parcelas), fazer uma simulação no novo banco que oferece juros mais baixos. O valor e o prazo do financiamento têm de ser os mesmos do contrato antigo.

Minha dica para saber se vale a pena fazer a portabilidade é identificar se o valor economizado no fim do novo contrato é bem maior do que o custo da transferência. (laudo de avaliação do imóvel, documento de registro de imóvel, seguro de financiamento e taxa de abertura de crédito). Esses custos variam de acordo com o banco e por vezes tem relação com o valor do financiamento. Estimamos que, em geral em Umuarama essas despesas girem em torno de R$3.500 a R$10 mil e sempre deverão ser pagas à vista.

Essas transferências de financiamento, chamadas de portabilidade, ainda são pouco usadas, mais podem ser uma forma de readequação de orçamento ou uma fonte de economia viável para as famílias. 

A essência do negócio é a mesma da portabilidade feita pelas operadoras de telefonia, porém como nos financiamentos imobiliários estamos tratando de contratos com garantia e de longo prazo, a burocracia será maior, porém o retorno financeiro também poderá ser bem mais vantajoso. 

| Marcos Willens Araújo é graduado em ciências contábeis e ciências políticas,  pós-graduado em marketing e finanças, certificado pela ANBIMA CPA e pela ABECIP CA. Atua como bancário em Umuarama. 

Dúvidas, dicas e sugestões: [email protected]